segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dia das mães..............

Entrei nessa categoria pela primeira vez em 1984, qdo dei á luz ao Felipe.
Lindo , lindo ele nasceu...carequinha, os dedinhos dos pés, sempre encolhidos..... um olhar vivo, atento a tudo.
Aquele ser tão pequenino, me encantava ao mesmo tempo que me assustava.
Amamentar!!!!!! Que medo dele engasgar.
Naquela época, ele usava fralda de pano , a cada troca, eu colocava um monte de pomada para não assar , nem dar alergia naquela pele tão rosada. ( Que bobagem , aquela pomada branca não saía da fralda nem por decreto).
Ah!!!!!!! o primeiro banho .....sua avó demorou tanto para chegar que eu resolvi fazer sozinha, pois seu choro de fome me deixava ansiosa.
Eu ganharia qualquer concurso de melhor papinha , pois até arroz com legumes vc comia. Que orgulho!
Mas dormir.... Ah, nisso vc foi especialista, ou melhor em NÃO dormir.
Trinta minutos era o máximo de tempo que o sono te dominava.
Testava todos os conselhos que me davam. Chá de alface, pode acreditar, vc tomou vários. Ele precisa é gastar energia. Nem todo o parque da Àgua Branca , dava conta disso.
Tire a grade do berço, ele não gosta de se sentir preso, dizia o tio. Vamos lá, remontar o berço agora só com três lados.
Fale com o pediatra, faça um eletro........ Tudo feito e nada feito.
O sono não vinha .....""o dele ""
Ao terceiro aninho dessa criatura lindinha, fui presenteada com ""A primeira noite de um bebê ""
O tempo foi passando....... e nunca uma blusinha amarela com um shortinho azul , foram tão fotografados, chegara o primeiro dia da escola.
Você foi o Pato Donal'd mais maravilhoso da formatura do infantil, o caipira mais simpático das festas juninas e o palhaço mais alegre dos carnavais.
Aí sua irmã chegou para aumentar nossa alegria e vc olhava dentro do carrinho e exclamava.
Nossa mãe , parece que ela é de verdade!!!
Passado algum tempo , vc se encarregou de raspar os lindos cabelos da Barbie que sua irmã mais gostava só, para explicá-la que era assim que acontecia quando se entrava na faculdade e que, se ela desejava ter um telefone sem fio no quarto, bastava cortá-lo.
Mas o tempo trouxe as garotas, a turma de amigos e quantos amigos......
Ficava horas ouvindo as conversas e gargalhadas deliciosas embaixo da janela do meu quarto, enquanto rolava aquele churrasco.
Noooooossa o seu primeiro beijo............Porque eu fui na quadra do condomínio chamar vc para jantar ?? Que flagra....
Quero confessar que que menti, quando você me perguntou se o cavalo havia sarado. Aquele que caiu doente numa vala em frente de casa, no dia do seu aniversário, mas você passou o tempo todo levando baldes de água até lá para amenizar seu calor e sede.
Hiper atividade????
Entre chutes numa bolinha amarela de tenis e voltas em torno da mesa de jantar, você treinava em voz alta o texto que escrevera sozinho para apresentar na formatura da oitava série, para o qual fora escolhido, se recorda?
Que noite liiiiiinda , aquela da formatura.
Já na calçada a caminho do tão esperado baile, ouvimos um pai dizer. Aposto que aquele garoto copiou o texto da internet !!!! O meu maior orgulho se transformou em risos...
Vivemos os tempos das baladas, das viagens, dos churrascos, das alegrias, das tristezas, das namoradas, dos amigos, de alguns porres e das escolhas........
Quero entrar no curso de Direito, dizia muito convicto. Depois de uma semana de faculdade...... pensei melhor, quero ser jornalista....... assim aconteceu.
Filho essas recordações e tantas outras, movem os meus dias, acariciam meu coração, purificam minha alma e acalmam minha saudade.
Quero através dessas palavras, certificar e garantir a todas as mulheres dessa categoria e as que ainda vão entrar p\ ela, que vale a pena, vale muito , as noites não dormidas, as inseguranças, os medos, as incertezas, as angústias dos celulares desligados, o afastamento necessário p\ ensiná-los a fazerem suas próprias escolhas, os presentes negados, os ""nãos " chorados, as lágimas escondidas, o cansaço dedicado, o juízo repetido, os esforços conquistados, a confiança depositada.
Muito obrigada meu filho, minha filha . Muito obrigada minha mãe.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Palavras

Palavra falada, pouco pensada
Palavra escrita , nunca foi dita
Palavra inventada , provoca risada
Palvra pesada , corta a mesada
Palavra cantada, embala a moçada
Palavra sofrida, abre a ferida
Palavra usada, afasta a amada
Palavra acolhida , alma expandida
Palavra recuada , lágrima machucada
Palavra drogada, ação retardada
Palavra gritada, penitência soldada
Palavra cochichada, charada assoviada
Palavras, palavras, palavars.......

Palavras, vezes entusiasmadas, vezes arremeçadas, vezes estraçalhadas
Mas não deixam de ser emoções, sensações , impressões lançadas

Quem conta um conto aumenta muitos pontos....

Em novembro de 2006 fui a0 enterro do meu cunhado, que faleceu em Pisa.
Ele morava em Roma mas estava lá se tratando há meses...
Antes de morrer, ele pediu que fosse cremado e os dois filhos , atenderam ao pedido.
O filho mais novo , providenciou tudo o que era necessário.
Comprou terno, camisa, sapatos novos e se dedicou a encontrar um “foulards” azul escuro de listras brancas, aquele lenço que se coloca no pescoço, geralmente no frio como uma echarpe, exatamente como foi pedido dias antes de morrer.
O caixão foi levado para o crematório e só o filho e o tio participaram da cremação.
Depois as cinzas foram colocadas numa urna pequena, lacrada, a qual deveria ser transportada para Roma, num carro especial.
Quando o carro com a urna chegou, todos os familiares e amigos já se encontravam na igreja local.
Apenas o filho esperava fora para levar a urna até o altar.
A igreja estava cheia de flores e coroas.
A celebração foi breve, mas no final, para o meu espanto, subiu ao altar a filha, depois o filho e por último a sobrinha e cada um leu uma carta que escrevera dando adeus e lembrando de muitas passagens em companhia dele.
Aquilo pra mim, gerou um enorme desconforto ao ver o quanto essa atitude aumentara o sofrimento de todos os presentes.
Ele se aposentara na polícia de Roma, e seus amigos devidamente uniformizados, estavam bastante emocionados.
Quando todos já haviam se despedido, a frente da pequena igreja era quase vazia Sai o filho carregando a pequena urna, abraçado com dois policiais amigos de seu pai.
Colocaram a urna no carro que a levaria para o cemitério, pois ainda as cinzas não poderiam ser lançadas ao mar por não ter autorização da prefeitura local.
Assim saíram da igreja, um policial de cada lado abraçando o filho do amigo que se fora.
Resolveram tomar um café no bar mais próximo. (Essa é a atitude que segue ou precede todo e qualquer evento para os italianos):
- “Prendiamo uno caffé insieme?” (tomamos um café juntos?).
Depois do café, cada um foi pra sua casa, e decidimos descansar após o almoço.
Já a noitinha após o jantar, meu marido resolveu sair um pouco e fomos tomar café.
Andamos calados, de mãos dadas, sentindo apenas um friozinho gostoso batendo no rosto.
Não foi difícil encontrarmos um bar, pois em cada quadra , na Itália, tem pelo menos dois.
Parece fechado pois como o frio é muito forte, nessa época, o sistema usado para esquentar o ambiente exige que a porta esteja fechada.
Entramos e logo sentimos o calor gostoso , pedimos o famoso “caffé ristretto”, aquele que vem só no fundinho da xícara, com uma espuminha beige em cima, que não desmancha, nem mesmo depois de mexer o açúcar, dá menos que um gole, mas o sabor fica na boca por horas...
Havia no bar, além de nós, uma senhora bem idosa , cabelos cor de neve , olhos e ouvidos aguçados para detectar tudo o que acontecia.
Como é de costume, cumprimentamos as pessoas ao entrarmos e acredito que isso a encorajou para iniciar uma conversa.
- Imaginem em que mundo estamos vivendo!!!!!!!
- A juventude está perdida mesmo ! Hoje pela manhã, eu estava passando em frente a igreja e vi dois policiais saírem de lá de dentro, agarrando um rapaz, bem vestido, que foi se esconder, depois de roubar uma caixa de madeira. È possível????, com certeza devia ser jóia ou droga. Que vergonha! É um absurdo! Aqui pertinho.......
Olhamos um para o outro e não conseguimos conter a risada.
Nos despedimos depressa e fomos embora.
Seria trágico se não fosse cômico!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Já viram ansiedade pegar avião?

Tenho viajado com certa frequência e observado que sempre no momento do embarque a ansiedade dos passageiros “salta aos poros”!
Alguns disfarçam atrás de revistas, onde tentam com esforço se concentrarem no que lêem, mas os ouvidos aguçados registram todas as conversas alheias.
Outros mal falam com seus acompanhantes, pois nada escapam aos olhos.
Uns mais ousados iniciam as velhas conversinhas com os desconhecidos mais próximos na fila, fazendo um longo questionário. - Vai para Milão? (todos estão no mesmo vôo, mais essa é a pergunta mais comum).
- Vai a trabalho ou de férias? Tem conhecidos ou familiares lá?
Até aí, tudo corre com tranquilidade, pois a fila quilométrica só anda com o consentimento do agente da companhia de aviação.
Iniciado o embarque...
É delicioso observar os personagens que aparecem nessa hora.
Aquele que viaja pela primeira vez, mas já se informou tanto de como deve agir, que se o último da fila tiver uma dúvida, ele é capaz de sair do seu quarto lugar para responder e passar sua “farta “ experiência. Esse se reconhece fácil, ele costuma falar alto.
Ah! Tem sempre pelo menos um que se vê logo pela expressão sisuda, que só vai falar se for para pedir algo para o comissário de bordo.
Muitos são indecisos, eles necessitam perguntar para várias pessoas, muitas vezes, se aquela fila é para o destino esperado.
Também tem aquele, que não se dá conta, de que cada bilhete trás um número e uma letra que correspondem ao seu lugar.
Esse é mestre em colocar rapidamente suas bagagens em cima do assento que escolheu e se instala com tal rapidez, que você fica pensando, como ele encontrou tão fácil seu posto?
Normalmente é o primeiro a pegar o jornal.
Alguns minutinhos mais tarde, se você estiver atento verá chegar o verdadeiro dono da poltrona; mais desapontado por tirá-lo do seu lugar do que o próprio.
Esse mostra o bilhete que confirma seu posto e o já instalado se levanta, com cara de paisagem, aí já sem a segurança inicial, tenta disfarçar, e com tamanha lentidão procura por outro lugar.
Mas demora a acreditar que deverá suportar 11 horas de vôo ao lado de uma criança no colo da mãe.
É meu colega de viagem, seu lugar é ali mesmo, não tem escapatória.
Ele caminha agora em câmera lenta, apostando para si mesmo, que assim que o avião decolar com certeza ele encontrará outro lugar para conseguir dormir com tranqüilidade.
Engano!
O vôo está lotado.
Ele se ajeita bem, na pequena poltrona, aperta os cintos e vamos para a decolagem!
Alguns passageiros já começam a despertar meu medo adormecido, quando olho em volta e vejo uns três, fazendo o sinal da cruz. Confesso que não fiz por pura timidez.
Firmo a cabeça no encosto porque essa é a pior hora , detesto a sensação de tontura e vertigem que a decolagem me provoca.
- “Senhora, per lei pasto especiale?” (para a senhora comida especial?).
(Há uns quatro anos , respondi um questionário para a companhia aérea , a respeito da alimentação servida a bordo e disse que prefiro uma comida mais leve para viajar).
Depois disso toda viagem que faço com essa companhia, passo pelo constrangimento de receber a bandeja antes de todos os outros passageiros.
Já avisei por telefone, e-mail, que não tenho nem um problema de saúde e que posso me alimentar igual aos outros, mas não consigo reverter essa situação.
Além de todos os olhares se voltarem para mim, essa atitude faz ainda aflorar o meu profundo sentimento de culpa por estar acima do peso.
Explico toda vez a situação para a aeromoça que diz que os pratos já estão contados e ela pede minha compreensão.
Só não entendo porque ela vem me perguntar, então?
Concordo para acabar o mais rápido com aquela situação embaraçosa e acabo comendo toda vez uma alimentação, que de especial, só tem a falta do pãozinho com requeijão, que observo em todas as outras bandejas, e que adoro.
Aí eu fico mais tempo com aquela bandeja de legumes que o vapor matou todo o seu sabor, sobre as pernas sem poder me mexer.
Tento distrair-me com muita leitura, mas não há livros, nem revistas que resistam a tantas horas na mesma posição.
Bem, o que me resta? Com grande doze de otimismo decido assistir um filme.
Solto aquele controle do braço da poltrona. Mas este que deveria conter apenas o botão liga/ desliga e outro para selecionar o filme desejado, vem com botões de várias cores. Tenho a esperança de logo encontrar o menu para escolher um filme.
Já não tenho habilidade nem com o controle da tv de casa que esta lá há uns oitos anos. Brigo com todos aqueles botões; tento inúmeras vezes e nada. Observo que meu vizinho sofre com o mesmo problema.
Penso, talvez esteja quebrada, mas sempre o meu?
Todos os outros assistem tranqüilos algum filme. É estranho.
Então chamo a aeromoça, mas ela fala tão rápido que só consigo entender que devo esperar uns quinze minutos!
Volto para minha leitura dando alguns intervalos para observar as pessoas.
O passageiro que precisou mudar para o lugar marcado em seu bilhete, se mexe procurando uma posição para dormir, mas o espaço que já é pequeno é também dividido com uma criança que não pára e o pior, uma mãe aflita que gira a criança por todos os ângulos tentando alcamá-la.
Isso só se dará, pela experiência de outros vôos, após oito horas de alguns choros cansativos.
A luz se apaga e aos poucos as conversas vão se silenciando.
Não demoro a ouvir alguns roncos, o que me incomoda muito, por não ter a mesma facilidade para dormir.
Insisto mais um pouco com o controle, já deixei passar os quinze minutos do qual fui orientada, mas não consigo nada.
O jeito é voltar para a leitura.
Os músculos das pernas já começam a reclamar a dor lombar suportou com dignidade nove horas de vôo, a garganta está seca.
Levanto e ando um pouco no corredor e aproveito para faze o que mais gosto, observar as pessoas.
Muitos dormem com a boca aberta, outros estão exatamente com cara de papel de seda amassado, uns menos sortudos estão com os cabelos tão desalinhados que nem uma chapinha de cerâmica os alinharia.
Os mais inteligentes, ao meu ver assistem todos os filmes.
Ainda existem aqueles que preferem as laterais dos banheiros para esticarem as pernas, alguns se arriscam ainda a fazer exercícios mais tímidos.
Como não consegui conversar, o que me distraí bastante, volto para meu lugar.
Sento com cuidado pois minha vizinha tem um sono de dar inveja.
Resolvo fechar os olhos com a esperança de conseguir dormir um pouco.
Muito devagar me entrego ao cansaço, que trás um sono distante.
Alguns minutos de relaxamento e quando sinto que pela primeira vez vou dormir no avião, as luzes se acendem e logo avisam que servirão a “prima colacione” (café da manhã).
Novamente sou diferenciada pela “bandeja especiale”.
Puxa nem no café da manhã, mereço um pãozinho?
Dessa vez mandaram um integral. Já melhorou.
Logo tudo volta para o carinho mágico.
Aquele que é tão pequeno mas comporta tantas refeições comuns e algumas poucas para “pessoas especiais”!
Em seguida vem o aviso:
- Senhores passageiros, permaneçam sentados, apertem os cintos, coloque os encostos das poltronas em posição vertical, pois iniciaremos a aterrizagem.
Desço rapidamente, pois ainda tenho que suportar mais quarenta e cinco minutos de vôo para Roma.
Lá é o meu destino, que encontra meu maior desejo de suportar 11 horas de vôo acordada, me alimentando de “comida especial” e ainda assim mantendo um sorriso estampado no rosto por encontrar o meu amor.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Saudade

Saudade apertada , do amor distante
O carinho que falta , se torna gigante
Palavras de amor que chegam oas ouvidos
Desejos , planos e sonhos reprimidos
Tanta demora para decidir,
Casar, morar junto estar perto de ti
A vida parece, brincar com o amor
Trazendo depressa um certo torpor
Tonturas e queixas se fazem presentes
Aquele que ama acredita e não mente
O tempo corre e aperta a alegria
Estaremos em breve vivendo a magia
Magia do amor , das mãos unidas
de olhares trocados numa só melodia
Chega de dor , tristeza e solidão
Merecemos viver logo,
nossa linda paixão.

Trilha , Trilha para quê fazê-la.....??????

O feriado, era de finados, depois de muito trabalho, decidi de última hora viajar com minha filha mais nova.
Ela tinha acabado de sair de uma crise de cálculo renal e achei que um pouco de mar lhe faria bem.
Para não errar na escolha, consultei uma amiga , dona de uma agência de viagem, que me aconselhou : ILHA GRANDE.
_ Lá você vai descansar , caminhar um pouco e a natureza lhe fará bem, disse com muita segurança.
Como tenho o péssimo costume de acatar os amigos, concordei com o pacote ,mesmo sem ter noção de onde estava indo .
Liguei , pedindo que minha filha providenciasse nossas malas, pois o ônibus sairia naquela mesma noite e eu como dependente química da escova progressiva , necessitava passar antes no cabeleireiro para deixar os fios totalmente lisos, caso contrário , negaria minha identidade.
Fomos as primeiras a chegarem no local onde o ônibus nos aguardava.
Quando sentei , pude observar com certa estranheza o tipo de pessoas que seriam nossos colegas de viagem. Eles carregavam muitas pranchas de surf, tatuagens, cabelos bem enrolados na parafina. Aquilo não fazia parte de meus sonhos naquele momento.
Realmente, meu objetivo era andar pela praia e sentada boa parte do tempo numa confortável espreguiçadeira , engolir a paz que o barulho e as ondas do mar me trazem....
A noite , o sono e o cansaço acumulado, tomaram conta de nós e logo estávamos dormindo no confortável ônibus.
Quando o sol já começava dar o ar da graça, tentávamos nos refazer da longa viagem.
Chegamos ao porto para dali embarcarmos p/ a ILHA GRANDE .
Observei de longe , que para entrar no barco que nos levaria , precisaria de muito tempo de academia , o que também não fazia parte de meus hábitos . Pedi socorro e a compreensão de minha filha.
_ Filha , como vou entrar nesse barco , que nem pára direito? È muito alto!!!!!!
_ Caaaaaaalma , mãe , eu te ajudo...( Adolescente com muito sono )
Devo dizer , que não estava, nem de longe ,perto do peso ideal para uma aventura dessa. Mas com dificuldade e a colaboração de dois banquinhos , um fora e outro dentro do barco , consegui entrar.
O passeio até a ILHA foi muito bonito e agradável , sem contar com o tempo de duração que meus cabelos suportariam lisos com o vento e os respingos que vinham das águas salgadas....
Assim que desembarcamos, fomos avisados de que teríamos 20 minutos para nos trocarmos e voltarmos para um passeio maravilhoso de barco e mergulho .
Quando chegamos á pousada , percebi que 20 minutos era muito tempo para ficarmos naquele quarto , que mal cabia 1/2 pessoa e estávamos em duas.
O banheiro comportava bem uma pessoa,... de lado , e na necessidade de lavar os cabelos só poderia fazê-lo se usasse um braço apenas.
Mas não seria eu, a desmancha prazeres, que acabava de chegar. Decidi que seria " a topa tudo ".
Depois de alguns minutos o lindo barco pára e somos avisados de que poderíamos mergulhar......
Realmente aquela água cristalina, lotada de peixes coloridos era tentadora para todos , menos para mim que já sofria pensando no pouco tempo que tive para curtir meus fios lisos.
_ Ô mãe, esquece o cabelo e entra no mar , você não veio até aqui só para admirar a paisagem, nè ?
Resolvi que deveria aproveitar o frescor das águas e a companhia dos cardumes que entrelaçavam nossas pernas.
Logo , pára uma barca menor ao lado da nossa vendendo água de côco, refrigerantes, cerveja , parecia cena da novela das 8.
Todos voltaram para o barco para mudarmos de praia e nos prepararmos para o almoço.
Quando o barco voltava para a pousada, sentia que algumas pessoas me olhavam.
Com certa discrição perguntei a minha filha :
_Sinto que com o vento e a umidade meus cabelos estão inchando , vc tem um boné?
_ Pode usar o meu.
Coloquei imediatamente, com certa dificuldade, pois era como se colocasse 10kgs de algodão dentro de um saco plástico muito pequeno, põe de um lado escapa de outro.
Mas quando o barco aumentou a velocidade, nem o tufo de cabelos crespos segurou o boné , que voou para fora do barco , me deixando com uma Poodle assustada. Por sorte me lembrei do capuz da malha de frio que carregava .
Já entrando na pousada , decidimos que eu tomaria o banho depois da LI ( minha filha ). Enquanto isso, eu aprontaria meu kit cabelos lisos, as 152 escovas, os cremes prés e pós , os óleos anti frizz e o protagonista da cena, o secador profissional de 2000watts e vento fortíssimo , que minha amiga da agência me conhecendo bem , avisara que lá era 110 a woltagem por escrito, pois sabia da minha doença com os cabelos.
Resolvi confirmar com o dono da pousada a woltagem e para meu desespero, ele diz que era 220 w. Não acreditando indaguei se ele tinha certeza , como se ele tivesse chegado conosco naquele momento......
Percebendo meu choque , foi buscar e me ofereceu o secador de sua esposa.
Era aquele secador do Paraguai, pequenininho , que não seca nem as sobrancelhas, sabe aquele que não tem woltagem tem " brisagem "? ( é uma verdadeira brisa ).
Agradeci muito e retornei para o quarto desolada . Como faria com a juba nos 4 dias de praia?Terminado o banho, minha filha , tentou mil idéias com a esperança de me ver mais animada , afinal era o primeiro dia de banho de mar .
_Mãe eu trouxe uns " tic - tacs " , tenta prender a frente com eles e atrás usa um elástico , vai ficar bom.
Fiz de tudo, deixei até um pouco de creme acreditando que os fios ficariam colados na cabeça , mas a parte da frente não se submeteu aos 6 'TIC-TACS " .
EU PRECISAVA DE 55 .
Bem, saimos para jantar ali perto mesmo e voltamos para dormir.
A cama já apresentava uma silhueta que não era a minha nem tão pouco a de minha filha.
Vira pra cá , vira pra lá e depois de tentarmos várias formas para descobrirmos com poderíamos nos encaixar na fôrma pronta, acabamos por dormir.
Dia seguinte, fomos chamadas as 6:30 da manhã, um café reforçado com frutas e geléias nos esperava e logo nos avisaram que faríamos uma TRILHA!!!!!!!!!!!!
_Uma trilha??????? È muito tempo?????? ( questionei um tanto preocupada)
_ Nãããão, ...... é tranquilo e cada um deve andar no seu rítmo. (respondeu a guia com muita
_Bem filha vamos levar uma mochila com garrafinhas d água , máquina fotográfica algum dinheiro e algumas coisinhas mais........
Após uma seção de alongamento, iniciamos a entrada na mata , até aí me sentia animada.
Uma vista cheia de verde, as frestas das árvores deixavam passar alguns raios de sol que denunciavam a forte umidade no ar , algumas pedras , subidas, descidas e logo o distanciamento do grupo , pois ela havia dito que cada um deveria andar no seu rítimo, alí eu andava no meu.
Percebi que a Li estava atrás de mim e cobrei....
_ Nossa filha vc é tão mais jovem, mais magra , faz academia e anda menos que eu?
_ AH! é porque vc faz eu carregar essa mochila cheia de coisas , se não fosse isso eu já estaria lá na frente.
Eu , sempre desafiadora.... _ AH!!! é , então me dá sua mochila , quero ver se vc anda na frente .....
Mais do que depressa , ela me passou a mochila e saiu correndo e em alguns minutos ,após uma curva fechada , não se via nem sinal dela.
Fiquei literalmente sozinha , sozinha não , com duas mochilas pesadas.
Passado uns 15minutos de solidão naquela estradinha estreita de terra batida, árvores enormes abraçadas por cipós, grossos e finos , pedras pontudas escorregadias e muita raíz levantada do solo , me bateu uma grande preocupação se ela encontraria o grupo que havia nos deixado para trás.
Mas acreditava que minha filha me aguardava no curva mais próxima , afinal era certa de que a Praia Dois Rios estava a poucos metros e logo estaríamos juntas novamente .
Pois é, essa curva nunca chegava e o medo começou a tomar conta de mim, foi quando avistei um homem voltando na estrada.
Ele usava muito pano amarrado no peito , uma calça bastante judiada pela terra , chapéu grande de palha , portava um bastão longo e fino e andava um pouco arcado para frente talvez para suportar o peso de sua mochila embora me parecesse vazia.
Pensei , esse é o tipo de pessoa que com certeza conhece o local . Como ele caminhava de cabeça baixa , fui logo me adiantando, com receio de que passasse por mim sem me notar.
_Por favor , a Praia Dois Rios está muito longe?
_Longe é um lugar que não existe, aqui. Respondeu como se tivesse devastado sozinho toda a ilha e olhando firme em meus olhos.
O desespero era grande demais para desistir no primeiro fracasso, então pensei , vou fazer a pergunta de modo diferente.
Arrisquei. _Demora muito tempo para chegar lá?
_Tempo é uma questão de consciência!!!!!!
Imediatamente percebi que não falávamos o mesmo idioma e nem por mímica nos entenderíamos........ Agradeci e continuei em frente, sozinha.
Aquela trilha era interminável , curvas que não acabavam , subidas e descidas sem fim e para colaborar com minha angústia me defronto com uma pedra grande que marcava uma bifurcação!!!!!!
E agora , pensava, para onde vou, por essa não esperava , nem uma placa, nem faixa , nem sinalização, que absurdo , tô perdida literalmente!!!!!!!!!!
Meu Deus me ajude, vou sentar e esperar , quem sabe aparece alguém.
O silêncio só não era total pois ouvia o barulho dos bambus que o vento empurrava uns contra os outros.
Mas como minha fé é grande e Deus costuma me atender prontamente, não demorou muito para ouvir uma conversa baixinha, levantei num salto a procura do meu salvador.
Eram três jovens ,que acredito ,queriam chegar no mesmo lugar que eu desejava.
_ Por favor, vocês vão para a praia Dois Rios?????
Eles passaram por mim , como se eu não existisse...
Insisti, mais alto. _ Hei, pra onde vocês estão indo?
Um deles parou e disse qualquer coisa , que me parecia estar falando em alemão.
Já entendi esses também não falavam minha língua .
De qualquer forma é melhor eu seguí-los. Antes perdida em três do que perdida sozinha , eles falariam português um dia ou eu aprenderia alemão por sinais.
E foi assim que após uns 30 minutos chegamos a tal praia.
Que alívio quando de longe pude ver a Li com o grupo já bem entrosada, mas o que não lhe tirou o direito de ouvir uma bronca por ter me deixado tão aflita.
Voltamos de barco e por isso todos chegaram ao mesmo tempo.
Na manhã seguinte , imaginei : hoje vou sentar na praia e observar aquela maravilha de mar......
Que nada , chegam dois monitores , um todo sarado e uma moça de olhos claros e pele bronzeada .
_ Hoje vcs vão fazer uma trilha muito bacana , vamos a uma praia lindíssima.
Já olhei firme p\ Li o que significava , de novo trilha?
_ Mãe fica tranquila, dessa vez vamos sempre juntas .
A topa tudo, concordou.....
_ Ele disse que é uma das praias mais bonitas daqui , não podemos perder.
E tudo recomeça como começou a outra caminhada , todo o grupo unido, sempre ouvindo andem cada um no seu rítimo, muito verde , umidade, árvores imensas e como num passe de mágica estávamos só nós duas ....
Como o humor estava começando a balançar , disse p/ Li .
_ Não é possível , estamos perdidas, o grupo todo está tão longe que nem conseguimos vê-los.
_Deixa , mãe , vamos sempre seguindo a estrada e logo chegaremos, lá.
Depois de muitas curvas , avistamos um clarão e as pessoas já de roupa de banho, instaladas na areia, algumas com cerveja na mão , outras no mar, nítido sinal de que tinham chegado alí há algum tempo. Mas o que me importava era que eu havia também chegado e no meu rítimo!!!!!!!
Agora sim , vou ter o MEU momento de prazer.
Retirei da mochila a toalha , tiramos a camiseta, o short, o tenis e a meia , procuramos um lugar para apoiar a mochila e penduramos nossa roupa que deveria ficar sem areia para voltarmos com elas.
_Vamos entrar no mar, filha ?????
_ AAAAAAAgora não , mãe, vou descançar um pouco.
Percebi que o meu tempo era bem diferente do dela, eu queria aproveitar tudo....... O cabelo já estava ruim mesmo , não fazia diferença.
Fui de encontro ao mar quase pronta para abraçá-lo, que mergulho delicioso, as ondas eram grandes , mas sempre gostei desse certo medo que ele provoca. Fiquei por algum momento de costas p\ a praia e admirava aquelas ondas cada vez maiores. De repente me voltei para a praia tentando achar a Li, e vejo todo mundo se vestindo rapidamente e os guias fazendo gestos para que todos saíssem do mar .
A Li me chamava e gesticulava também, saí do mar e fui ao seu encontro assustada.
_ O que houve , filha?????
_ AH!! mãe não sei explicar direito , mas o guia veio dizer que precisamos andar depressa porque está chegando um vento forte que chama Noroeste e o barco precisa ir embora se não é perigoso.
Corri para me vestir, mas com o corpo molhado nada fica fácil, a meia não entra , a blusa agarra no peito e não desce, a toalha caiu e se encheu de areia , não conseguia me secar pois o vento era muito forte e nem a canga, nem a toalha paravam de balançar.
_Vamos , gritava o guia , temos que fazer um pedaço da trilha a pé, depois pegamos o barco.
_Puxa , não deu nem para deitar na areia. Que perigo , agora filha , não posso andar no meu rítimo se não ficamos aqui, temos que correr.
E assim voltamos até a praia vizinha , o grupo seria dividido e dois barcos viriam nos buscar.
Nessa praia menor tinha um quiosque que vendia uns salgadinhos e refrigerantes. Perguntei para o guia se dava tempo de comprar uma água e umas batatinhas para matar a fome da Li. Ele disse que não havia problema desde que não demorasse.
Fiz tudo em questão de segundos . Avisei a guia que nos acompanhava .
_ Estamos prontas, quando for o nosso barco é só nos avisar .
Ela olha para mim com os olhos arregalados e grita .
_ Vocês estão ainda aí , o barco de vcs está de saída , olha ele lá , o outro já foi.
Todos já estavam dentro do barco, que já havia recolhido a escadinha e flutuava longe da ponte de madeira . E ela continuava gritando....
_Vai gente, corre, vcs não podem perder o barco , vai pelo mar mesmo!!!!
Esquecendo da minha performa , segurei a mochila no alto da cabeça , chamei a Li e me avancei mar adentro . Os primeiros passos foram seguros, mas de repente a água batia no meu queixo, as ondas que quebravam na praia me empurravam de volta para a praia e eu implorava , _filha me empurra para o barco , mas a incessante risada a enfraquecia . Voltei para a praia e dizia _ Assim não vai dar .
E a guia ...._ Tem que dar volta p\ o barco .
A Li me chamava , entre muitos risos, vamos mãe eu te ajudo.
Tentei mais uma vez e o homem do barco gritava de lá :
_ Larga a bolsa , dona, eu te ajudo.
Quando consegui chegar mais próxima do barco ele jogou a escada que bateu com força em minha canela , a dor era grande misturada ao medo de ficar para trás, não sei explicar como aconteceu, o homem de dentro do barco me puxa e conseguiu me carregar para dentro.
A Li subiu pela escadinha de cordas pendurada do lado de fora .
Realmente deu para sentir a fúria do tal " Noroeste " a barca balançava muito, a chuva provocava ainda mais as ondas e todos estavam muito tensos .
Conseguimos chegar , embora nervosos , mas sem maiores desastres.
Fomos para a pousada e o jantar daquela noite foi mais silêncioso porque ainda sentíamos o peso do susto. Porém no meio de nossas lembranças e conversas sobre o acontecido , vinham boas gargalhadas.
No dia seguinte , uma chuvinha fraca acolhia nosso desejo de ficarmos mais um pouco na fôrma ou melhor na cama e nem a mais hiper, super, mega TRILHA nos faria levantar cedo.
Passamos o dia passeando a pé , ali por perto.
Após o jantar arrumamos as malas para o retorno em terra firme no dia seguinte.
Depois do último café na pousada, pela manhã, fomos pegar o barco de volta .
Conforme o barco se afastava , diminuindo oas poucos a paisagem e fazendo da chamada ILHA GRANDE uma ilha pequenina perdida no oceâno, pensei que talvez minha amiga havia sugerido esse passeio para que eu voltasse com uns quilos a menos e que mesmo não sabendo o que me esperava , aprendi que a TRILHA foi para mim um momento de superação , consciência do limite corporal e de tudo que somos capazes.
Daqui para frente não confiarei tão cegamente nas sugestões dos meus amigos .......

Depende de como se vê

Tudo depende de como se vê,
angústia , tristeza , alegria e deprê,
gripe, sarampo até mesmo carnê,
tiram o sono também de você.
Veio a notícia que eu não queria vê,
Que é isso comadre..., você não vai sofrer.
Tenha coragem o médico vai ler.
Resultado do exame , não pode mexer.
Tá bem, fala aí, pode dizer,
Tô pronta pra tudo,
Até pra sofrer.
È cancêr na mama!
Que susto ,
Meu Deus, não me deixe a mercê.
A cirurgia, correu muito bem,
tirei tudo , tudinho, você tem que ver.
Daqui pra frente, só a radio é que tem que fazer.
E como é , o negócio da radio
Fique trânquila, você vai aprender .
A gente mapeia e marca você.
Parece loucura,
é mesmo um mapa, que logo de cara
não dá pra entender .
Há é só isso, pensei que seria um samba lelê.
A mama esquenta , bronzeia e aquece,
Até pensei que virava Purê.
Fica quentinha, depois dói um pouco ,
Mas pra ficar dura nem mesmo laquê.
Mais tarde escurece,
a mama doente, a outra branquinha me lembra Pavê.
Amigo sincero , tá tudo nos trinques
Estou confiante, você tem que crer.
Tristeza, loucura se vê na TV,
Aqui comigo , é fé , confiança ,
sono tranquilo como um bebê.
O cancêr assusta ,
a cabeça gira que nem bambolê.
Manda pra longe , da "psiquê "o medo , a desgraça
E acredite: isso não é para você.

Vida parada

O vazio sentido,
A dor no peito,
Má digestão,
Sensação de desmaio.
Angústia , instalada.
Tudo isso se encontra
Numa vida parada.
Tristeza na alma,
Coração doído,
Desespero sentido,
A falta de ar,
Trás o sofrimento da dor dilacerada
de uma vida parada.
Só não acredito,
que para sentir,
também precise, ser vida chorada.
O fundo do poço,
O fim do caminho,
A luz apagada,
Demonstram bem forte,
a dor que rasga,
uma vida parada.
Só não acredito,
que para expressá-la ,
também precise ser vida chorada.
Não tenho sorrido, me falta motivo.
Esvaziou meu entusiasmo , não sinto mais nada,
Nem me recordo das gargalhadas.
Minha alegria, era o que mais gostava.
O sofrimento que sinto,
deixa essa chama apagada.
Talvez para mim,
essa seja a maneira mais forte e doída
que encontro, nessa vida parada,
de demonstrar, minha vida chorada.
A falta de lágrimas,
em vários momentos,
não me diz mais nada.
A humilhação, marasmo total,
dessa vida parada, é muito forte
para só ser vivida e reconhecida
numa vida chorada.
Nem sempre as falas, as fotos,
os sonhos ou lembranças amargas
se explicam ou traduzam os significados
De uma vida parada.
Porém na ajuda, na mão estendida,
no ouvido aguçado
de um bom terapeuta,
o mais puro " sofrido ", dessa vida parada,
se faça finito se for esmiuçado.
O alívio só venha , dessa vida parada ( tavez para ele )
se essa dor for presente, curtida
e bem expressada , quando vividas
em lágrimas choradas.
MC

Sinos dos ventos

Caro vizinho, alguns dias atrás, fiz minha mudança,
No prédio ao lado , com tanta esperança...
Minhas noites agora seriam , a contento,
Sò não contava com os sinos dos ventos...
Imagino o quanto seus sinos dos ventos...
Para você , trazem alento,
Tenho certeza o seu tilintar,
Foi estudado pra relaxar.
Mas peço desculpas,
A mim só conseguem,
Com todo respeito
Meu sono espantar.
Não importa pra mim ,
Do que ele é feito,
O que mais me aborrece é seu efeito,
De vidro, pedra, bambu ou metal,
O seu barulho é infernal.
Caro vizinho te devo respeito,
Mas venho pedir-lhe ,
Que dê um jeito.
Já fiz de tudo para dormir,
Mas esse sonido faz meu sono fugir.
Tentei leitura, relaxamento,
Vários chazinhos , até leite quente,
Só não cheguei a beber, água ardente...
Caro vizinho, aguardo ansioso,
Que logo, em breve, a qualquer momento
Você leve seus sinos, pra longe dos ventos.
Mas se eu for condenado,
A passar todas as noites, com esse ruído
Que corta os ouvidos...
Tenha certeza, caro vizinho,
Estarei sempre aborrecido.
Mas se por acaso, o meu pedido,
De noite calma e sono tranquilo,
Você conceder e acabar com o ruído,
Tenha certeza , caro vizinho ,
Sempre serei , muito agradecido,
Assim quem sabe seremos amigos.
Mc